SOBRE O MACULELÊ

1- INTRODUÇÃO


Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, cidade marcada pelo verde dos canaviais, é terra rica em manifestações da cultura popular de herança africana. Além da capoeira, foi também o palco de surgimento do maculelê, dança de forte expressão dramática, destinada a participantes do sexo masculino, que dançam em grupo, batendo as grimas (bastões) ao ritmo dos atabaques e ao som de cânticos que mesclam línguas africanas, indígenas e a portuguesa. Era o ponto alto dos folguedos populares, nas celebrações profanas locais, comemorativas do dia de Nossa Senhora da Purificação (2 de fevereiro), a santa padroeira da cidade. Dentre todos os folguedos de Santo Amaro, o maculelê era o mais contagiante, pelo ritmo vibrante e riqueza de cores.

O objetivo deste trabalho é dar uma visão do que é o maculêle, incentivando à pesquisa, para que possamos entender melhor os fundamentos desta manifestação cultural de matriz africana – que é mais uma forma de resistência da cultura negra no Brasil. Também é objetivo deste texto servir como material de embasamento teórico para construção da performance apresentada no evento "Semana da Cultura" do Grupo Bantus Capoeira de Belo Horizonte (Minas Gerais).

2 – HISTÓRICO

Acredita-se que seja um ato popular de origem africana que teria florescido no século XVIII nos canaviais de Santo Amaro, e que passara a integrar as comemorações locais. Há quem sustente, no entanto, que o maculelê tem também raízes indígenas, sendo, portanto, de origem afro-indígena.

Conta a tradição oral, que a encenação do maculelê baseia-se em um episódio épico ocorrido numa aldeia antiga de uma tribo dos yorubá (grupo étnico africano, em sua maioria, presente no norte do continente – acima da linha imaginária que divide a África em duas partes: norte do Saara e sul do Saara) em que, certa vez, saíram todos juntos os guerreiros para caçar, permanecendo na aldeia apenas 22 homens, na maioria idosos, junto das mulheres e crianças. Disso aproveitou-se uma tribo inimiga para atacar, com maior número de guerreiros. Os 22 homens remanescentes teriam então se armado de curtos bastões de pau e enfrentado os invasores, demonstrando tanta coragem que conseguiram pô-los em debandada. Quando retornaram os outros guerreiros, tomaram conhecimento do ocorrido e promoveram grande festa, na qual os 22 homens demonstraram a forma pela qual combateram os invasores. O episódio passou então a ser comemorado freqüentemente pelos membros da tribo, enriquecido com música característica e movimentos corporais peculiares. A dança seria assim uma homenagem à coragem daqueles bravos guerreiros.

Outra versão, que considera a influência de tribos indígenas, conta o seguinte:

Maculelê era um negro fugido que tinha doença de pele. Ele foi acolhido por uma tribo indígena e cuidado por eles, mas ainda assim não podia realizar todas as atividades com o grupo, por não ser um índio também. Certa vez, Maculelê foi deixado sozinho na aldeia, quando a tribo saiu para caçar. E eis que uma tribo rival aparece para dominar o espaço. Maculelê lutou sozinho contra o grupo rival e, heroicamente, venceu a disputa. Desde então passou a ser considerado um herói na tribo. A dança com bastões simboliza a luta de Maculelê contra os guerreiros. Há quem diga que o Maculelê surgiu em Santo Amaro, entre os negros de engenho, numa forma de mostrar a luta dos escravos contra o feitor, daí a dança ter um "mestre" com uma grima maior, que "bate" em todos os demais. Foi Popó do Maculelê o responsável pela sua divulgação, formando um modesto grupo com seus filhos, netos e outros negros da Rua da Linha, e se apresentava no dia 2 de Fevereiro, na festa da Padroeira de Santo Amaro, Nossa Senhora da Purificação. Popó era condutor do trólei puxado a burros, no tempo que ainda existia o vapor (linha regular de navios de Santo Amaro a Salvador). Nesse tempo a cidade era servida por uma linha de bondes puxados a burros, que se chamava Trilhos Urbanos, que durante muito tempo foi uma marca curiosa dessa cidade, extinta no final da década de 50.

No início do século XX, com a morte dos grandes mestres do maculelê de Santo Amaro da Purificação, o folguedo deixou de constar, por muitos anos, das festas da padroeira. Até que, em 1943, apareceu um novo mestre – Paulino Aluísio de Andrade, conhecido como Popó do Maculelê, considerado por muitos como o “pai do maculelê no Brasil”. Mestre Popó reuniu parentes e amigos, a quem ensinou a dança, baseando-se em sua memória oral, pretendendo incluí-la novamente nas festas religiosas locais. Formou um grupo, o “Conjunto de Maculelê de Santo Amaro”, que ficou muito conhecido.

É nos estudos desenvolvidos por Manoel Querino (1851-1923) que se encontram indicações de que o maculelê seria um fragmento do cucumbi -dança dramática em que os negros batiam roletes de madeira, acompanhados por cantos. Os figurantes levavam as grimas, cacetes de 30 cm de comprimento, que, "no final de cada estrofe se cruzavam dois a dois". As esgrimas de agora são as mesmas grimas de Manuel Querino, mas suas batidas não cobrem apenas os intervalos do canto, pois dão mais do que as caixas e os pequenos atabaques, o ritmo fundamental dos meneios de corpo com que se executa o jogo.

Luís da Câmara Cascudo (2001) aponta a semelhança do maculelê com os congos e moçambiques. Deve-se citar também o livro de Emília Biancardi, “Olelê Maculelê”, um dos mais completos estudos sobre o assunto.

Como jogo de bastões o maculelê tem marcado parentesco com muitas danças nacionais - o moçambique de São Paulo, a cana-verde de Vassouras, o bate-pau de Mato Grosso, o vilão de Santa Catarina, o tundundun do Pará.

Entretanto perdida a ligação estrutural como auto primitivo, o maculelê tornou-se uma área de confluência das mais diversas manifestações populares. Está em constante ebulição. Uma primeira transformação que lhe deu inconfundível cor local foi a simulação do combate, não coletivo, mas singular. O atacante que pode pelejar a vontade, até com dois ou três, usa apenas um bastão, enquanto outro atacante se vale de dois bastões, que habitualmente cruza no ar para defender-se. As canções, os toques e o jeito de dançar - os requebros com flexão dos joelhos e movimentos predominantemente para fora do círculo - são os mesmos de uma aldeia de caboclos.

Hoje em dia, o maculelê se encontra integrado na relação de atividades folclóricas brasileiras e é freqüentemente apresentado nas exibições de grupos de capoeira, grupos folclóricos, colégios e universidades. Contudo, convém registrar as observações feitas por Augusto José Fascio Lopes, o mestre Baiano Anzol, ex-aluno do mestre Bimba e professor de capoeira na Universidade Federal do Rio de Janeiro:

Neste trabalho de disseminação, o maculelê vem sofrendo profundas alterações em sua coreografia e indumentária, cujo resultado reverte em uma descaracterização. Exemplo: o que era originalmente apresentado como uma dança coreografada em círculo, com uma dupla de figurantes movimentando-se no seu interior sob o comando do mestre do maculelê, foi substituído por uma entrada em fila indiana com as duplas dançando isoladamente e não tendo mais o comando do mestre. O gingado quebrado, voltado para o frevo, foi substituído por uma ginga dura, de pouco molejo. Mais recentemente, faz-se a apresentação sem a entrada em fila. Cada figurante posta-se isoladamente, sem compor os pares, e realiza movimentos em separado, mais nos moldes de uma aula comum de ginástica do que de uma apresentação folclórica requintada. Deve-se reconhecer que não só o maculelê, mas todas as demais manifestações populares vivas ficam sempre muito expostas à modificações ao longo do tempo e com o passar dos anos. Entendo que todas essas modificações devam ficar registradas, para permitir que os pesquisadores, no futuro, possam estudar as transformações sofridas e também para orientar melhor àqueles que vierem a praticar esse folguedo popular de extrema riqueza plástica, rítmica e musical que é o maculelê.

3- MESTRE POPÓ

Texto escrito a partir de entrevista cedida em 16/12/1968 à Maria Mutti (1968) por Mestre Popó em Santo Amaro da Purificação – BAHIA:

“Segundo Mestre Popó, maculêle é luta e dança ao mesmo tempo, se um feitor aparecia na senzala à noite, pensava que era a maneira de adoração aos deuses das terras deles (dos negros escravos), as músicas não davam ao feitor entender o que eles cantavam.

A festa era realizada de 8 de dezembro (consagração de Nossa Senhora da Conceição) a 2 de fevereiro (dia de Yemanjá e também de Nossa Senhora da Purificação) em Santo Amaro da Purificação. Acontecia nas praças e nas ruas da cidade e era considerada uma festa “profana'' realizada pelos negros escravos.

/Plaé, plaé /plaé, plaé, plaé / plaé, plaé/

em marcha guizada, a “Marcha de Angola'', que tem algo de capoeira e de samba, tudo isso em movimentos sempre ao compasso das batidas das grimas (bastões)”.

Quais os instrumentos apropriados?

Segundo Mestre Popó “são 3 os atabaques usados no maculêle, com as seguintes denominações e funções:

- o Rum: é o atabaque maior com som grave;

- o Rumpi: é o atabaque de tamanho médio com som "médio";

- o Lê: é o atabaque pequeno com som mais agudo.

Os dois primeiros atabaques, o Rum e o Rumpi, fazem a base do toque com pouco improviso, enquanto o atabaque Lê, sendo mais agudo,sua função é praticamente repiques de improviso.

Os tocadores devem ser muito bons.

Essa organização dos atabaques do maculelê é semelhante à organização dos berimbaus na capoeira angola, onde temos:

-o Gunga ou Berra-Boi: é o berimbau mais grave;

-o Médio: é o berimbau de afinação;

-o Viola ou Roseira: é o berimbau mais agudo.

Os dois primeiros fazem a base do toque, mas agora o Médio também pode seguir um pouco no improviso, "desafiando" o Viola, que fica somente na improvisação”.

Na época de Mestre Popó eram usados outros instrumentos, que não são mais usados. São estes: o agogô e o caxixi ou ganzá.

Para o Mestre, o agogô não podia faltar, pois este dá início à marcação para a entrada dos atabaques ao som, e por último entra (começa) o ganzá.

E as músicas?

Segundo o Mestre Popó, o maculelê tem poucos cânticos sendo alguns inclusive com origens no candomblé de caboclo.

Tumba é cabôco

Tumba lá e cá

Tumba é guerreiro

Tumba lá e cá

Ah! Eu sou cobra do morro

Sou cabôco Mineiro

Tumba lá e cá


As músicas tem funções especiais:

-para sair à rua;

-de chegada a uma casa: pediam permissão para entrar na casa;

-de homenagem: pessoas importantes da história;

-de agradecimento: quando saiam da casa, agradecendo a hospitalidade;

-de louvação: aos ancestrais;

-peditório: quando passavam um chapéu para arrecadar algum dinheiro;


Podemos citar algumas músicas que se enquadram neste esquema:

Musica de saudação temporal:

Ô boa noite pra quem é de boa noite

Ô bom dia pra quem é de bom dia

A benção meu papai a benção

Maculêle é o rei da valentia.


Homenagem à Princesa Isabel:

Vamos todos louva

A nossa nação brasileira

Viva a dona Isabel

Ai meu Deus

Que nos livrou do cativeiro?


Peditório (ocorre nas saídas às ruas):

Deus que lhe dê, ê

Deus que lhe dá, á

Lhe dê dinheiro

Como areia no mar.


Louvação aos pretos cabinda ou louvor à Nossa Senhora da Conceição:

Nós somos pretos da cabinda de Aruanda

A Conceição viemos louvar

Aranda ê, ê, ê

Aranda ê, ê, á.


Fulô da Jurema, de influência indígena:

Você bebeu Jurema

Você se embriagou

Com a fulô do mesmo pau,

Vosmicê se levanto.


Saudação de chegança:

Ô sinhô dono da casa

Nós viemos aqui lhe vê

Viemos lhe pergunta

Como passa vosmicê.


Saudação de despedida:

Quando eu for embora ê

Todo mundo chora ê.


E a Indumentária e Pintura?

Na época de Popó a indumentária era simples, de acordo com as condições cotidianas dos dançarinos. Geralmente usavam camisas e calças comuns aos africanos de algodão cru e pés descalços.

Estes pintavam os rostos e as partes desnudas com tintas feitas com restos de fuligem de carvão ou de fundo de panelas. Exageravam na tintura vermelha que usavam na boca que era feita com sementes de urucum. Algumas pessoas do grupo empoavam suas cabeleiras com farinha de trigo, usavam touca nas cabeças ou lenço no pescoço.

Mestre Popó começou a aprender o maculêle com um grupo de pretos velhos, ex-escravos Malês, livres. Segundo ele, já não tinha mais escravidão nessa época e eles se reuniam à noite: João Oléa, Tia Jô e Zé do Brinquinho: "eles eram livres, mas quem botou o maculêle fui eu mesmo" (Popó).

Segundo Plínio de Almeida, o maculêle existe desde 1757 em Santo Amaro da Purificação e as cores branca e vermelha nos rostos que assustavam as pessoas, poderiam ser símbolos de algumas tribos africanas, como, por exemplo, tribos da etnia yorubá. Mas não encontramos fonte científica que identifique exatamente qual grupo étnico está associado à origem do maculêle. Podemos citar, por exemplo: os cabinda, os gêge, os angola, os moçambique, os congo, os minas, os cababa.

Mestre Macaco, discípulo de Mestre Popó, descreveu o maculelê da seguinte forma:

Maculelê é visto como uma manifestação autêntica uma manifestação viva de nosso povo . Quem criou o maculelê foram os negros malês. O significado do nome macu vem da origem nogô Lelê vem de malês o maculelê é cantado em nagô, ejexá, Jéjé. O maculelê é tocado e são cinco os toques: nagô ijexá, barra vento e jéjé. São utilizados de 02 á 03 atabaques, 01 Agogô, Rule Rupi o Ruli faz a marcação e o Rumpi os Repiques e as dobras . Cada toque tem a sua música específicos ou seja não pode querer cantar as músicas do toque de congo ijexá ou jeje assim com as músicas do toque nagô em outros então os fundamentos têm que estar bem gravados com bastante noção se não atrapalha os tocadores e dançarinos e foge das origens. Sempre no início de cada cântico o instrumento que começa primeiro é o agogô, depois as grimas e por último os atabaques. Nos ensaios e apresentações procura forma um círculo. O que é grima? É um pedaço de madeira resistente com no máximo 50 centímetros de cumprimento com uma grossura de dois dedos. Quando for começá uma dança só poderá haver um puxado que poderá se refazer com outro, ficando sempre um dentro do círculo dependente do toque puxando de um em um para o centro da roda, cada toque é dançado de forma diferente, as posições das grimas sempre em cruzetas para evitar que as gromas batam no rosto ou nas mãos e dedos um dos outro, todo cuidado ainda é pouco. Mais como o maculelê envolve luta, dança e malícia é preciso estar com muito vivacidade e preparo físico para agüentar as batidas das grimas que a depender da necessidade poderá servir para outras finalidades. (www.capoeiraacarbo.hpg.ig.com.br).

4- PERFORMANCE DO GRUPO

Para definição de apresentação da performance para a “Semana da Cultura Bantus Capoeira”, o grupo optou pela versão do maculelê como folguedo representativo das festas de Nossa Senhora da Purificação, que ocorrem em Santo Amaro da Purificação no dia 02 de fevereiro. Pela pesquisa realizada, pensamos ser esta versão a mais indicada porque apresenta elementos da cultura negra como forma de resistência, por ser realizada em praça pública, juntamente com outras manifestações de matriz africana. Além disso, apresenta o maculelê com suas influências indígenas também.

Utilizamos por base, a identificação da origem do maculelê com a simbologia dos povos yorubá (nas cores utilizadas na pintura corporal – vermelho, preto e branco – que indicariam tribos desta etnia, de acordo com o autor Plínio de Almeida) e nos cânticos que mesclam o candomblé (yorubá) com ritos de origem indígena (candomblé de caboclo), como foi abordado na entrevista concedida por Mestre Popó. Por outro lado, tomamos o sincretismo religioso (Nossa Senhora da Purificação é Oxum no candomblé de origem yorubá – entidade ligada, entre outros, à água doce e à fertilidade, que é festejada no mesmo dia de Yemanjá – entidade ligada às águas salgadas, representada no sincretismo com o catolicismo por Nossa Senhora dos Navegantes), como mais uma forma de resistência cultural negra. O cenário – referente à procissão do dia de Nossa Senhora da Purificação (dia em que o maculelê é apresentado à população em Santo Amaro) – foi definido porque abarca não apenas a representatividade do maculelê, como também a ocorrência de outras manifestações afro-brasileiras em praça pública – capoeira, samba-de-roda, e, até mesmo (embora não especificamente) a puxada-de-rede.

Na apresentação do maculelê, os ritmos dos atabaques são específicos para cada momento e para cada cantiga. Adotamos como base os ritmos de congo e barravento para a performance do grupo, posto que uma apresentação rítmica dos atabaques, específica da versão de Mestre Macaco, comandada pelo agogô e utilizando também o caxixi, demandaria mais do que este estudo se propõe. Além disso, estes dois ritmos de origem africana são muito utilizados por diversos grupos atuais que fazem apresentações parafolclóricas do maculelê.

Em relação ao enredo, adotamos o maculelê como ritual de homenagem aos 22 guerreiros que venceram a batalha (como conta o episódio épico yorubá) e de homenagem ao negro guerreiro Maculelê, curado pelos indígenas, como conta a outra versão. Porém, não adotamos a encenação da batalha na aldeia como enredo para a performance. Utilizamos o maculelê como festejo guerreiro em uma festa religiosa em Santo Amaro da Purificação, dentro do contexto de enredo da procissão com a chegada na pça. da cidade.


REFERÊNCIAS
MUTTI, Maria: Maculêle, Santo Amaro da Purificação, 1968.
BIANCARDI, Emília. Olelê Maculelê.
CARYBÉ: As Setes Portas da Bahia, Coleção Recôncavo, Ed. Livraria, 2a.Edição, 1951.
ALMEIDA, Plínio de. Pequena História do Maculelê.
CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. São Paulo, Global, 11 ed. 2001.
_____________________. Antologia do Folclore Brasileiro. São Paulo, Global, 4 ed. Vol 2. 2002.
______________________. Superstição no Brasil. São Paulo, Global, 4 ed. 2001.
______________________. História dos Nossos Gestos. São Paulo, Global, 2001.

Fontes eletrônicas
http://www.capoeiraacarbo.hpg.com.br/
www.mariabethania.hpg.ig.com.br/terra.htm
pt.wikipedia.org/wiki/Maculelê

Comentários

  1. Como posso fazer a conclusão no meu trabalho sobre o maculelê?

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  2. Oi Érica e Junior! Não entendi sua questão. Como você está desenvolvendo este trabalho? Quais são os objetivos? Dê mais informações para que eu possa tentar lhe ajudar com mais objetividade. Obrigada!

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  3. Maculele já foi luta? Não refiro a lendas, danças ou folclore. Existe algum motivo para pensarmos nele dessa forma?
    Seus movimentos lembram vagamente o kali, há algum indício de que no passado ele foi mais parecido e de que era utilizado como defesa?
    Existem diferentes expressões culturais pelas Américas, oriundas da diáspora africana, mas nenhuma lembra o maculele, lembram esse "jogo de pau" (https://www.youtube.com/watch?v=_fUpHcyb_dU), na África, o mais parecido é a luta do povo Zulu, que mesmo assim é bem diferente.

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    1. Muito obrigada pela contribuição Luis Lopes! Muito interessante o vídeo. De fato essa abordagem da relação do maculelê como uma prática de defesa corporal/luta não foi o foco do texto, mas é um ponto muito relevante e importante tópico para pesquisa sobre a constituição desta modalidade de cultura de matriz afro-brasileira. Fique a vontade para postar mais detalhes sobre esta questão!

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