Postagens

Mostrando postagens de 2010

ATROPÓLOGOS E TURISTAS: possíveis diálogos sobre o deslocamento

Imagem
A preocupação com a origem, a realidade e o destino do homem esteve presente em vários povos e sociedades. A história da antropologia possui períodos marcados pelas peculiaridades de cada época. Até 1835, há que se tomar como contribuição remota, mas significativa, toda produção do pensamento da humanidade voltada para a explicação e compreensão da existência do homem no universo. Paul Mercier (1974, p.19) aponta que, [...] o fato importante é que toda sociedade, tendo ou não atingido a fase científica, construiu uma antropologia a seu jeito: toda organização social, toda cultura tem sido interpretada pelos homens que dela paticipam; e mais, as próprias noções de organização social e de cultura podem, elas mesmas, ser objeto de reflexão. Sob este ponto de vista a pré-história da antropologia é longa, tão longa quanto a história da humanidade. Esta antropologia ‘espontânea’ não pode ser separada do conjunto de interpretações que o homem elabora a respeito de sua própria cond

CULTURA COMO HABILIDADE

Imagem
1 - Introdução Como a experiência que adquirimos ao longo de nossas vidas é enriquecida pela sabedoria de nossos ancestrais? E como, por sua vez, tal experiência se faz sentir nas vidas dos descendentes? Em termos gerais, na criação e manutenção do conhecimento humano, o que dá, de subsídio, cada geração à geração seguinte? Estas são algumas das questões que o antropólogo britânico Tim Ingold (2001) aborda ao mesmo tempo em que examina algumas linhas centrais para as mesmas questões dos argumentos de outro antropólogo – Dan Sperber (2001) – no sentido de afirmar porque estes argumentos estariam incoerentes. Neste texto apresentarei a perspectiva proposta por Ingold (2001) bem como seus questionamentos sobre a abordagem de Sperber (2001), concluindo com uma breve explicação da escolha da abordagem proposta por Ingold (2001) para clareamento da minha pesquisa com a capoeira angola que está em desenvolvimento para o Mestrado em Lazer da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Ter

Experiência, Performance e Práticas de Aprendizagem: Temas para pensar o lazer de forma não fragmentada

EXPERIÊNCIA, PERFORMANCE E PRÁTICAS DE APRENDIZAGEM: TEMAS PARA PENSAR O LAZER DE FORMA NÃO FRAGMENTADA Patrícia Campos Luce José Alfredo Oliveira Debortoli Ana Maria Rabelo Gomes O texto aqui no Blog está sem as notas de rodapé. O texto completo foi publicado na Revista Licere, Belo Horizonte, v.13, n.2, jun/2010 Acesso:  http://www.anima.eefd.ufrj.br/licere/sumario.html?ed=24#artigosRevisao Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional Belo Horizonte – MG – Brasil RESUMO: Apresenta discussão que parte de três campos de estudos nos quais os autores realizam pesquisas: Lazer, Educação e Antropologia. A partir de uma perspectiva antropológica Pós-Social apresenta reflexão sobre o conceito de cultura e sua importância para compreensão do fenômeno do Lazer. Enfoca três eixos conceituais principais que constituem um campo teórico no qual seja possível dialogar para pensar o Lazer de forma não fragmentada