"Eu Sou Angoleiro": um laboratório da percepção
*Artigo apresentado na 3ª Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia (UNB) - Brasília - 29 de setembro a 1 de outubro de 2011. Resumo O artigo discute a prática da capoeira angola como processo de habilitação que constitui as pessoas e os ambientes aos quais estão engajadas. Para isto, foca a abordagem antropológica desenvolvida por Tim Ingold (2000/2001), principalmente suas concepções de habilidade e percepção em diálogo com estudos sobre cinestesia no âmbito da dança contemporânea e com o trabalho de campo desenvolvido no grupo de capoeira angola “Eu Sou Angoleiro” de Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de maio a outubro de 2010 – referente à pesquisa realizada para o Mestrado em Lazer da Universidade Federal de Minas Gerais. A pesquisa concluiu que uma técnica corporal não pode ser considerada apenas um meio para se chegar a um fim já que se trata de um modo peculiar de constituição de pessoas em sua totalidade. Este modo peculiar de técnica constitu...